Quando eu sinto uma vontade imensa de fugir, e me cobrir com um manto invisível, onde ninguém me encontre e seja só eu e tu, sabes que venho sempre aqui. Isto porque às vezes preciso de pausas, de parar de pensar nos outros, e concentrar-me só em mim, preciso de um tempo sozinha para recuperar as energias que tantas e tantas vezes se esgotam. Chama-me egoísta se quiseres, mas tu sabes que eu preciso de me esconder em ti, de ficar anónima, mesmo que algumas (poucas. apenas as que eu permito, e os meus seguidores) pessoas me encontrem.
Todas as pessoas têm um ponto fraco. Todas as pessoas em algum momento se vão abaixo. Todas as pessoas de vez enquando se sentem fracas e precisam de recuperar energias. Todas as pessoas se interrogam, e têm questões as quais gostariam de encontrar resposta, mas ás vezes essa resposta demora, e outras pode acontecer que as respostas sejam absurdas Eu sinto-me assim… Fraca. Sem forças. E a culpa é sua.
Há momentos em que a vida se assemelha a um baloiço. Por vezes, tens os pés bem assentes na terra, não andas nem para a frente, nem para trás, fazes movimentos giratórios, aproveitas a doce sensação de calma e de tranquilidade sem saíres do mesmo sítio. Há situações, em que, timidamente, começas a ganhar balanço e ora avanças, ora recuas, quando vais para a frente não fazes conquistas extraordinárias, mas quando retrocedes também não perdes muito. A minha vida assemelha-se a esse baloiço. Com avanços e recuos, às vezes acho que com mais recuos que avanços …
Não percebo, o porque de ainda permitir que me afecte da maneira que afecta, quando simplesmente se está a cagar. Liga de ano a ano, e é quando liga para saber se está tudo bem, e de vez enquando lá se dá ao trabalho de querer estar connosco só que como é impaciente, deixa-nos plantadas como deixou a ultima vez que tentamos dar-lhe mais uma oportunidade. Não sei se sabe mas a sua filha mais nova, já nem falo no outro porque esse já nem sequer vale a pena, tem um feitio muito especial, não demonstra mas sofre muito por dentro, sozinha. Eu sei-o, e quando nos deixou penduradas foi notório, ao ponto da mãe se virar e dizer” Desculpem, pelo pai que têm, eu sempre quis proteger-vos, nunca quis que passassem por isto...” Como irmã mais velha, não vou permitir que magoe a minha irmã. Não quero que ela cresça, como eu por ter o pai que tem. Ela não tem culpa de nada, pois a família não se escolhe, ao meu alcance irei fazer de tudo para a proteger.
Eu sei que nao sou a filha que tu sempre quises-te, mas tu tbem nao és nem foste o pai que eu sempre precisei
(Acha o tempo útil para curar mágoas? Eu cá, acho o tempo útil para esquecer e seguir em frente. Obrigada por me ter ensinado a andar sozinha, e por ter mais uma vez de (voltar) a viver sem si.)